Digimon Beatbreak estreou e trouxe uma nova abordagem para a franquia, explorando de forma mais sombria e emocional a conexão entre humanos e Digimon. O anime aposta em um tom um pouco mais adulto em comparação às temporadas anteriores e entrega uma animação de excelente qualidade.
A música de abertura segue o estilo clássico da franquia, um pop rock energético que apresenta os protagonistas em meio a sequências de ação acelerada e introduz alguns personagens misteriosos, possivelmente os vilões da vez. A canção se chama “Mad Pulse”, interpretada pelo grupo de J-pop MADKID.
Um início promissor

Fugindo das introduções tradicionais e lentas, Digimon Beatbreak já começa em meio a uma grande cena de ação. Os primeiros minutos exibem uma qualidade de animação superior à das temporadas anteriores.
O episódio se inicia com uma batalha intensa, onde Reina Sakuya e Makoto Kuonji, junto de seus parceiros Pristimon e Chiropmon, perseguem um criminoso no que parece ser o mundo digital.
As cores vibrantes, o traço detalhado e a movimentação fluida lembram produções de cinema. Nesse trecho inicial, também é mostrado o novo processo de digievolução: Pristmon absorve o Sapotama, repleto da energia emocional de Reina, para alcançar sua forma seguinte, Wolvermon.
Durante o confronto, conhecemos ainda Kyo Sawashiro e Murasamemon, os mais experientes da organização Glowing Dawn, responsável por investigar crimes envolvendo humanos e Digimon, algo que remete à equipe DATS, de Digimon Savers.
Sapotamas substituem os Digivices

Em seguida, o público é apresentado ao mundo futurista de Beatbreak. O ano é 2050, e as pessoas dependem de seus Sapotamas, dispositivos em forma de ovo com inteligência artificial que monitora o usuário e o auxilia nas tarefas diárias. Eles são carregados por meio do e-Pulse, uma energia emocional transferida das pessoas para o objeto.
Contudo, usar um Sapotama traz riscos: os Digimon são atraídos pelo desejo de consumir o e-Pulse humano. Quanto mais intensos forem os sentimentos de uma pessoa, maior a chance de atrair um Digimon. Assim como nas temporadas anteriores, o anime mantém as criaturas envoltas em mistério, tratadas como seres pouco compreendidos.
Os Sapotamas não apenas atraem Digimon, muitos deles nascem desses dispositivos. Esse acessório funciona como um substituto moderno do Digivice, preservando a essência da conexão entre humano e Digimon como fonte de evolução. Resta saber como ele será explorado ao longo da trama e quais outras funções pode revelar.
A associação entre digievolução e batidas do coração é um conceito simbólico e emocional que reforça o vínculo entre parceiro e criatura. As batidas representam o ritmo da vida e da confiança, quando ambos os corações se alinham, ocorre a evolução. O Sapotama, que sincroniza esses ritmos, torna o processo mais natural e íntimo, destacando que a verdadeira força vem da emoção, não apenas do poder.
Os heróis

Tomoro Tenma é o protagonista da história, um jovem solitário com um e-Pulse instável, capaz de causar bugs nos Sapotamas de outras pessoas. Ele é introspectivo e apaixonado por música, especialmente por tocar bateria, lembrando personagens como Matt (Digimon Adventure) e Koji (Digimon Frontier).
O episódio também apresenta o irmão de Tomoro, um personagem superprotetor que parece saber mais do que demonstra. Ele conhece bem os perigos dos Digimon, o misterioso fenômeno Cold Heart, e o potencial de que o e-Pulse de Tomoro possa mudar o mundo.
Já Gekkomon, parceiro Digimon de Tomoro, contrasta com ele: é energético, infantil e corajoso. A diferença de personalidades entre os dois promete um bom desenvolvimento ao longo da série.
Possibilidade de ser mais maduro

A franquia Digimon nunca teve medo de abordar temas sombrios e complexos, mesmo com protagonistas jovens, e Beatbreak segue essa tradição. A série começa com uma tragédia envolvendo Tomoro e o mostra lidando com sentimentos intensos, como a vingança.
O design dos personagens adolescentes lembra o estilo de Digimon Savers e dos jogos Digimon Story: Cyber Sleuth e Digimon Story: Time Stranger, que também exploram narrativas mais maduras.
A expectativa é que, com protagonistas mais velhos, Digimon Beatbreak desenvolva uma trama mais emocional e profunda, conectando-se não apenas ao público jovem, mas também aos fãs nostálgicos que cresceram com a franquia.
Um novo episódio de Digimon Beatbreak chega todo domingo na Crunchyroll.
