A BGS 2025 foi marcada por contrastes. Embora ainda seja o maior evento de games da América Latina, a edição deste ano mostrou sinais de desgaste em sua organização e foco. A ausência de grandes nomes e a presença crescente de marcas genéricas deram ao evento um tom mais comercial do que celebrativo, algo que muitos visitantes sentiram nos corredores.
Ainda assim, não faltaram momentos de destaque. O estande da TCL foi um dos grandes acertos da feira, oferecendo experiências realmente divertidas e imersivas, como simuladores de Fórmula 1 e de canoagem que atraíram longas filas e muitos elogios. A área dedicada a Mortal Kombat 1 também chamou atenção, com atividades e experiências tecnológicas que empolgaram os fãs da franquia.
O espaço de Resident Evil: Survival Unit, mesmo sendo pequeno, compensou com uma demo envolvente que valeu a visita. Já a ExitLag mostrou que tamanho não é tudo, entregando uma experiência gamer completa e bem integrada.
Outro destaque foi o estande de Path of Exile, que surpreendeu pelo tamanho, pela abertura e pela imersão. Era um dos locais mais movimentados e bem recebidos do evento, especialmente por fãs do jogo.
O maior estande da edição, da Samsung, dividiu opiniões: barulhento e chamativo, mas impossível de ignorar. A energia e a animação contagiante deram ritmo ao evento, com brindes, demonstrações e uma estrutura que lembrava uma grande loja interativa.
Um dos pontos que mais incomodou o público foi a ausência de estandes dedicados a lançamentos recentes. Títulos aguardados como Silent Hill F, Hollow Knight: Silksong e Expedition 33 ficaram de fora, deixando uma sensação de vazio para quem esperava experiências inéditas. A falta de grandes marcas como PlayStation e Xbox também foi sentida, o que alterou o perfil da feira, com foco deslocado para jogos mobile como Brawl Stars e Pokémon Go.
Outro ponto negativo foi a confecção e distribuição de brindes. Em comparação aos anos anteriores, nos quais o público recebia verdadeiros kits temáticos, nesta edição muitos visitantes saíram apenas com pôsteres, bottons e materiais simples feitos em papel.
Entre os acertos, o estande de Genshin Impact merece destaque. Além de trazer uma loja atrativa repleta de produtos oficiais, foi um dos poucos a distribuir uma boa quantidade de brindes. O único ponto negativo foi a limitação de entrada, que impediu muitos fãs de visitarem o espaço antes do encerramento do evento.
A organização dos Meet & Greets também deixou a desejar. A situação envolvendo Hideo Kojima foi confusa e gerou frustração entre os fãs. Inicialmente, foi informado que o encontro seria por ordem de chegada, mas depois descobriu-se que senhas haviam sido distribuídas durante a madrugada. A falta de comunicação clara prejudicou a experiência, especialmente para quem comprou ingressos mais caros justamente pela expectativa desse momento.
Apesar dos problemas, desde falhas na comunicação até a ausência de grandes nomes, a BGS 2025 ainda conseguiu entregar bons momentos e experiências pontuais que merecem ser lembradas. No entanto, é inegável que o evento precisa se reinventar para reconquistar o brilho e o entusiasmo que sempre o caracterizaram.
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