Crítica: “Como Treinar o Seu Dragão” ganha um live-action digno do legado da animação

Crítica: "Como Treinar o Seu Dragão" ganha um live-action digno do legado da animação
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Vamos ser sinceros: quando anunciaram o live-action de Como Treinar o Seu Dragão, muita gente torceu o nariz. E com razão. Depois de tantos tropeços nos live-actions por aí — alguns que a gente nem quer lembrar —, o medo era que mais uma história querida fosse arrastada por CGI sem alma e decisões duvidosas. Mas, felizmente, não foi o caso aqui.

Como Treinar O Seu Dragão entrega exatamente o que os fãs esperavam (e até um pouco mais): um respeito sincero à animação original, mas com um toque de maturidade visual e emocional que funciona muito bem no formato live-action.

Universal Píctures/Reprodução

A essência está toda lá — Soluço, Banguela, os vilões, o dilema de ser diferente —, mas com uma roupagem que não tenta imitar cena por cena. A história é contada com carinho, sem parecer uma mera cópia com atores reais.

E falando em Soluço, vamos tirar um minuto pra exaltar Mason Thames. O garoto segura o filme com uma segurança que impressiona. Ele não tenta fazer uma versão caricata do personagem que conhecemos nas animações, mas traz o mesmo coração, a mesma insegurança encantadora e o crescimento que tanto nos marcou. É como se ele tivesse entendido direitinho quem é o Soluço — e entregado uma versão mais pé no chão, mas ainda assim mágica.

Universal Píctures/Reprodução

Já o Banguela… ah, o Banguela! As cenas com ele são de uma beleza que chega a emocionar. A criatura foi recriada com um realismo impressionante, mas sem perder aquele charme de “animal de estimação com alma”. Dá vontade de ter um em casa — mesmo sabendo que provavelmente queimaria todo o sofá. Cada interação entre ele e Soluço é um show à parte, com emoção, leveza e uma dose de fofura que bate forte no coração dos fãs.

E o humor? Está lá também. Mas diferente da animação, que era mais escrachada em alguns momentos (e tudo bem, era parte do estilo), aqui o humor vem mais natural, mais sutil. As piadas funcionam, os alívios cômicos surgem sem atrapalhar a construção dramática — e isso mostra que dá, sim, pra fazer rir sem forçar a barra.

Universal Píctures/Reprodução

No fim das contas, esse Como Treinar o Seu Dragão em live-action mostra que ainda existe esperança nesse formato. É um exemplo de como adaptar um universo querido sem desrespeitar sua origem, mas também sem ter medo de crescer junto com o público. Se outras produtoras estiverem prestando atenção, talvez aprendam algo aqui.

Em Berk onde lutar contra dragões é tradição. Soluço, um jovem inteligente e desajeitado, sonha em provar seu valor como caçador. Mas tudo muda quando ele encontra um Fúria da Noite ferido — uma das criaturas mais temidas — e, ao invés de matá-lo, decide ajudá-lo. Nasce então uma amizade improvável entre garoto e dragão, que desafia tudo o que sua aldeia acredita.

Enquanto o mundo ao seu redor entra em conflito, Soluço precisará mostrar que coragem não é sobre força, mas sobre empatia, escolhas e… voar ao lado do seu melhor amigo.

Confira o trailer:

Como Treinar o Seu Dragão chega aos cinemas no próximo dia 12.











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