Nesta última quinta-feira, 06 de novembro, a WG Produções encerrou as filmagens de Corações Naufragados, um drama histórico que mergulha em um episódio pouco explorado da memória nacional. As filmagens haviam começado em outubro.
Sob a direção de Caco Souza (Atena e O Faixa Preta), e com roteiro e produção executiva de Cacilda de Jesus (Memórias de um Agosto Sangrento), o filme traz à tona a dramática história dos ataques do submarino alemão U-507 à costa sergipana em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial.
No elenco estão Olivia Torres, William Nascimento, Dalton Vigh, Daniel de Oliveira, Wagner Santisteban, Mina Nercessian, Leonardo Medeiros, Gabi Britto, Domingos Antônio e Anne Samara (apresentadora do programa de TV Giro Sergipe). Além deles, o filme conta ainda com grande elenco sergipano com mais de 40 atores da região.
Corações Naufragados é ambientado entre o Rio de Janeiro e Sergipe e narra a história da jornalista Lucinda Camargo (Olivia Torres), que desafia as normas ao revelar sua identidade, e do Capitão Francisco da Silva (William Nascimento), um oficial da Marinha e líder clandestino antinazista. Em meio à repressão política e à tragédia da guerra que vitimou mais de 600 civis brasileiros, o casal vive uma história de amor e resistência.
“Fazer parte do filme Corações Naufragados foi especial, pois além de se aprofundar na história do nosso país, algo tão importante e tão pouco conhecido, vivenciar a época de 1942, e principalmente conviver no estado de Sergipe foi único. Ser acolhido e poder fazer cinema fora do ciclo Rio/São Paulo“, afirma Wagner Santisteban.
“Temos artistas, técnicos e profissionais incríveis no nosso país, a equipe era formada de pessoas de todo Brasil, e também conviver com atores de Sergipe me deu um gás e um prazer enorme. Estou ansioso para montagem do filme e ver o Brasil conhecer essa história“, conclui o ator.
A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para meados de 2026.
Sergipe: Cenário de memória e história
As filmagens utilizaram importantes locais históricos de Sergipe. Em São Cristóvão, a produção gravou no Convento São Francisco, um relevante conjunto arquitetônico dos séculos XVII e XVIII que abriga o Museu de Arte Sacra.
Em Aracaju, as locações incluíram o Palácio Carvalho Neto (sede do Arquivo Público de Sergipe) e o Palácio-Museu Olímpio Campos (antiga sede do governo estadual). A equipe também filmou no Terminal Marítimo Inácio Barbosa, na Barra dos Coqueiros, e finalizou as gravações na Praia do Saco, em Estância, local que recebeu os náufragos em 1942.
“Estrear nos cinemas com um filme produzido no meu estado é poder vivenciar uma oportunidade que poucos artistas viverão. Ver Sergipe como cenário na tela do cinema e poder ouvir as vozes que contam essa história é uma realização pessoal e profissional“, comentou a atriz sergipana Gabi Britto.
“Estou animada para ver o resultado de um trabalho feito por uma equipe tão múltipla que entrelaça pesquisas históricas, escuta, trocas artísticas e respeito às vidas afetadas pelos torpedeamentos. Espero que o público se sinta tocado e que esse fato passe a ter o reconhecimento merecido não só em Sergipe, mas também no nosso país“, ela concluiu.
Corações Naufragados já garantiu recursos via Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/BRDE). A produção visa alcançar circuitos de festivais nacionais e internacionais, além de plataformas de streaming, a fim de ampliar o diálogo sobre arte, história e sociedade.
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