Ne Zha 2 combina ação, emoção e reflexões em uma animação grandiosa

Ne Zha no pôster de Ne Zha 2: O Renascer da Alma (Divulgação / A2 Filmes)

Ne Zha 2: O Renascer da Alma já é a maior bilheteria de animação e a quinta maior do cinema mundial, com cerca de US$ 2,1 bilhões arrecadados. O sucesso não é à toa: a animação chinesa conquista ao unir uma história emocionante, personagens carismáticos e uma qualidade técnica impressionante.

Dirigido por Yang Yu, o filme continua diretamente após os eventos do primeiro longa, lançado em 2019. Após a destruição de seus corpos, Ne Zha e Ao Bing renascem e precisam se unir para enfrentar dragões que ameaçam a Passagem de Chen Tang. Nessa jornada, descobrem o valor do sacrifício, da amizade e o verdadeiro papel de cada um como herói da humanidade — além de revelarem a verdadeira face dos imortais.

O primeiro ponto que chama atenção em Ne Zha 2 é o visual deslumbrante. Os designs dos personagens mantêm a identidade do filme anterior, as cores vibram mesmo nas sequências mais sombrias e a qualidade se mantém impecável até nas batalhas mais frenéticas. É tudo de encher os olhos.

Ne Zha em Ne Zha 2: O Renascer da Alma (Reprodução / A2 Filmes)
Ne Zha em Ne Zha 2: O Renascer da Alma (Reprodução / A2 Filmes)

A narrativa é bem construída, cheia de reviravoltas e momentos emocionantes. Embora traga menos comédia em comparação ao original, ainda há espaço para boas risadas, principalmente com o carismático Mestre Taiyi, que brilha nas cenas cômicas.

O relacionamento entre Ne Zha e Ao Bing, dividindo o mesmo corpo, ganha um desenvolvimento interessante. Novos personagens também são introduzidos, expandindo a história de Shen Gongbao, Ao Guang e a própria hierarquia dos imortais, revelando como funcionam suas regras e formas de exercerem seu governo.

Mais do que uma simples história de superação e aceitação, o filme provoca reflexões sobre bem e mal, mostrando como a maldade pode se esconder por trás de boas intenções e que nem sempre tudo é o que parece. Ao final, fica a sensação de questionar quem realmente está certo — ainda que alguns personagens estejam além da redenção.

Ao Bing em Ne Zha 2: O Renascer da Alma (Reprodução / A2 Filmes)
Ao Bing em Ne Zha 2: O Renascer da Alma (Reprodução / A2 Filmes)

Por ter uma trama mais complexa que outras animações, Ne Zha 2 é relativamente longo, o que pode deixar os mais impacientes — especialmente crianças — ansiosos para que certas cenas avancem logo. Mas vale a pena esperar: o desfecho é recompensador.

As cenas de luta são um espetáculo à parte. Desde os golpes simples até os movimentos mais elaborados, a animação encontra o equilíbrio perfeito entre a fluidez coreográfica típica dos filmes de Kung Fu live-action e a intensidade vibrante dos animes shonen japoneses.

Ne Zha 2: O Renascer da Alma entrega tudo o que promete: ação, visuais impressionantes e uma trama envolvente que consolida a animação como um verdadeiro fenômeno mundial. Distribuído pela A2 Filmes, a animação estreia nesta quinta-feira (25) nos cinemas.

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