Nota: 6.5/10
Taylor Swift, uma das artistas mais prolíficas da música pop contemporânea, lançou em 3 de outubro de 2025 seu 12º álbum de estúdio, The Life of a Showgirl. Produzido em colaboração com Max Martin e Shellback, o álbum foi concebido durante a etapa europeia da The Eras Tour e reflete uma estética inspirada no glamour das showgirls e na efemeridade da fama. No entanto, ao mergulharmos na obra, surge a questão: será que a cantora conseguiu sustentar essa estética ao longo do álbum?

A Estética e a Sustentação da Narrativa
Uma característica marcante de álbuns anteriores de Swift, como Red, Reputation e Folklore, é a habilidade da artista em criar uma atmosfera coesa que permeia todo o disco. Esses trabalhos apresentam uma narrativa clara, com início, meio e fim, sustentando a estética proposta. Em The Life of a Showgirl, a proposta visual do álbum é ousada, com capas que evocam o brilho e a decadência dos palcos. Contudo, a transição da artista para essa estética parece forçada e pouco convincente. A tentativa de emular a vida de uma showgirl não é acompanhada por uma profundidade lírica ou sonora que dê substância ao conceito. Em vez disso, o álbum soa como uma coleção de descartes de projetos anteriores, sem uma direção clara ou propósito artístico.
Musicalmente, The Life of a Showgirl apresenta uma sonoridade pop-polida, mas carece da inovação e da emoção que caracterizaram os trabalhos anteriores de Taylor. As faixas parecem mais voltadas para o mercado comercial do que para uma expressão artística genuína. A colaboração com Sabrina Carpenter na faixa-título é uma tentativa de adicionar frescor, mas não consegue elevar o conjunto do álbum.
Destaques
Entre as 12 faixas, apenas três se destacam positivamente:
- “The Fate of Ophelia”: Uma balada introspectiva que revela a habilidade de Taylor em criar atmosferas densas e emocionais.
- “Elizabeth Taylor”: Uma reflexão sobre a fama e a efemeridade do estrelato, com uma produção envolvente.
- “Best of Me”: Uma faixa dançante que, apesar de não inovar, apresenta uma melodia cativante.
No entanto, a maioria das músicas carece de profundidade e originalidade, deixando uma sensação de déja vu.
Conclusão
The Life of a Showgirl é um álbum que busca explorar uma nova estética, mas falha em sustentá-la de forma convincente. Enquanto Taylor Swift já demonstrou sua capacidade de criar obras coesas e significativas, este trabalho parece uma tentativa apressada de se reinventar sem a devida reflexão ou inovação. Para os fãs que esperam por uma evolução artística, este álbum pode ser decepcionante.
Faixas favoritas: “The Fate of Ophelia” e “The Life of a Showgirl (feat. Sabrina Carpenter)”
