Thunderbolts* entrega um filme de qualidade na simplicidade

Thunderbolts* ganha data de estreia no Disney+; confira
★★★★

Para quem vem acompanhando a linha do tempo do MCU, é inegável: os últimos lançamentos do estúdio têm decepcionado bastante. Depois do desastre que foi Capitão América: Admirável Mundo Novo, a Marvel tenta recuperar o fôlego com Thunderbolts*, sua nova aposta para reconquistar o público e, quem sabe, lotar as salas de cinema novamente.

Diferente da fórmula desgastada que o estúdio vinha usando, Thunderbolts* traz uma narrativa mais sombria, focada em ação intensa e personagens moralmente ambíguos. Curiosamente, mesmo sem uma ameaça de escala gigantesca, o filme entrega cenas muito mais envolventes do que seu antecessor e acerta ao contar uma história simples, direta e bem amarrada.

Na trama, Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) convoca um grupo de anti-heróis e ex-vilões para realizar operações secretas — aquelas que os Vingadores não podem ou não querem assumir. A equipe reúne nomes como Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes, o Soldado Invernal (Sebastian Stan), John Walker, o Agente Americano (Wyatt Russell), Guardião Vermelho (David Harbour), Ghost (Hannah John-Kamen) e Treinadora (Olga Kurylenko).

THUNDERBOLTS*
(Marvel Studios/Reprodução).

A dinâmica entre os personagens é outro ponto alto. Forçados a trabalhar juntos, eles enfrentam conflitos internos e precisam superar desconfianças enquanto lidam com uma ameaça capaz de colocar o planeta em risco. Entre dilemas morais e combates explosivos, o grupo percebe que redenção tem um preço — e nem sempre é baixo.

Confesso que, como espectador já bem crítico em relação aos últimos títulos da Marvel, saí do cinema positivamente surpreso. O filme acerta ao evitar invenções mirabolantes e se manter coeso do início ao fim, apostando mais na construção de personagens do que em pirotecnias gratuitas.

Bucky Barnes como Sebastian Stan) in Marvel Studios' THUNDERBOLTS*. Photo by Chuck Zlotnick. © 2025 MARVEL.
(Marvel Studios/Reprodução)

David Harbour, aliás, merece todos os aplausos. O Guardião Vermelho segura com maestria o alívio cômico da história, sem forçar piadas, e ainda consegue equilibrar perfeitamente com os momentos de tensão vividos por Yelena e Bucky — que, juntos, ancoram a parte mais emocional da trama e ajudam a conectar os demais membros da equipe.

Outro ponto que me agradou foi como o vilão foi trabalhado. Ao contrário de filmes como Thor: Amor e Trovão, que reduzem tudo a um discurso motivacional, aqui temos um desfecho mais sutil, mas eficiente. A mensagem passada por Sentinela é discreta, porém impactante — um encerramento digno.

Thunderbolts* também traz duas cenas pós-créditos, sendo a última responsável por entregar uma ligação promissora com o futuro do MCU. Ao que tudo indica, a franquia está, enfim, reencontrando o seu caminho. Agora é esperar para ver se Quarteto Fantástico: Primeiros Passos vai seguir o mesmo tom positivo.

O filme estreia nesta quinta-feira (1).

Assista ao trailer:

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